“Não gosto mais de você, agora que todo mundo gosta

Sophie Calle

revista ZUM, n. 25, out. 2023

O que me interessava quando segui aquele homem em Veneza era essa maneira de criar uma relação sentimental, porque tenho tendência a acreditar nas minhas regras do jogo. No momento em que decido que vou fazer alguma coisa, entro na história, e depois disso nada me segura: aquilo que eu não ousaria fazer no dia a dia vou poder fazer conforme a regra do jogo. Isso provoca emoções, mas eu posso decidir: minhas emoções vão começar na segunda-feira, às 18 horas, e acabar em um mês, às 19 horas.

A artista francesa Sophie Calle olha para os outros para investigar a si mesma. Nesta entrevista concedida ao curador Clément Chéroux, Calle fala de acaso, amor, morte e intimidade em tempos de redes sociais, enquanto destrincha os principais trabalhos em mais de 30 anos de carreira.

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